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Vai de carro? Se vire pra estacionar…

Publicado: 13 de abril de 2012 - Por: Redação

Acho interessantíssimo como motivo de enriquecimento informativo escrever esporadicamente textos que expõem opiniões a respeito de tudo que engloba o mundo automotivo. Assuntos que incitam uma reflexão e debate mais aprofundado sobre temas diversos.

Com o intuito de quem sabe compartilhar um momento de “revolta” vivenciado por minha pessoa, começarei escrevendo para o CARANGOSPB um assunto de certo, polêmico: Como estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo, serei mais um responsável para a organização dos fluxos, e malhas viárias, seja de uma cidade, bairro ou condomínio.

Ano passado aconteceu no Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ um fórum que debatia questões de urbanismo ao redor dos estádios da copa de 2014. Eis que uma colega nos apresenta um estudo (de excelente qualidade diga-se de passagem) sobre como readequar a área existente no entorno do principal estádio do nosso estado, o famoso “Almeidão”, que está em situação deplorável.

No final da apresentação citei um assunto que criou alvoroço entre os ali presentes: A pouca disponibilidade de vagas de estacionamento naquele projeto (uma tendência, a meu modo de ver, errônea, e que vem sendo aplicada cada vez mais, seja em bancos, lojas, colégios, academias ou o que quer que seja.)

O motivo, segundo um dos professores ali presentes, por incrível que pareça, é uma ‘corrente’ que corre paralela ao fator sustentabilidade, fundamental claro, mas enobrecido e tratado gloriosamente pelos meios acadêmicos, e reverenciado pelo urbanismo contemporâneo, por simples modismo, apoiado na tese que sem ter onde estacionar, você termina sendo obrigado a deixar o carro em casa (!!!).

Uma questão delicada, um fato que está abafando o verdadeiro culpado do caos, que é o trânsito nas nossas ruas: A falta de investimentos no setor de infra-estrutura por parte do governo.

Explico: Toda essa teoria fatidicamente é proveitosa num lugar que tenha transporte de massas de qualidade, (além dos ônibus), seja metrô de superfície, subterrâneo, monorail, por exemplo indisponível na nossa cidade, e pobre em dimensões nas que já possuem.

Afinal, segundo via de regra, todo mundo sabe: Quanto mais carros, mais impostos, seja em combustível ou na própria aquisição do veiculo. Se a cidade esta “travando” estou certo de que pra algum lugar esta indo esse dinheiro?

Mas ao invés de criticar um sistema podre, os urbanistas (e parte da sociedade) estão tendo a tendência de abaixar a cabeça e pensar de forma totalmente equivoca em que é correto sermos explorados e ainda punidos, seja por multas no sistema de rodízio, ou na obrigatoriedade de ir a alguns lugares sem conforto algum, onde não exista estacionamento eficiente!

Como podemos aceitar isso?

Por Diego Germán de Paco

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