Da Redação

No dia 05 de junho de 2012, o Senador Cássio Cunha Lima publicou no seu Twitter a seguinte citação: “Falei agora com Carlos Alberto de Oliveira Andrade, CAOA, que confirma a fabrica de automóveis na PB. Luta de muitos anos. A cidade não foi definida para a instalação da fabrica. Precisa estar a 100km do porto. Será uma marca chinesa“.

No mesmo dia da confirmação do Senador, o gestor do grupo CAOA, Breno Landim, confirmou o investimento na Paraíba. Seria 600 milhões de reais destinados a construção da planta - que iria gerar, de acordo com especulações, cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos. A fábrica, ao primeiro momento, seria instalada no município de Alhandra; mas os planos se voltaram para Campina Grande, cidade onde nasceu o fundador do Grupo CAOA.

Uma reunião então foi marcada para o dia 25 de junho, onde Carlos Alberto de Oliveira Andrade e os representantes de secretarias e órgãos públicos da Paraíba tratariam de assuntos a respeito da instalação da planta CAOA.

Durante esse espaço de tempo, no período entre a confirmação e a possível reunião, o gerente da Hyundai CAOA de João Pessoa, Danilo Tyrone, se pronunciou à mídia e revelou que três áreas estavam na disputa pela fábrica, seriam elas: o município de Alhandra, Santa Rita, e a região entre Campina Grande e Queimadas. Começava aí o impasse.

Chegado a semana da tão esperada reunião, mais precisamente dia 21, e o gerente Danilo Tyrone revela que o "evento" seria adiado. O motivo do adiamento seria a possível ausência de alguns dos representantes na data prevista para a reunião. “Mas também não está cancelada. Estamos organizando todos os preparativos para definir a melhor data”, reforçou Danilo.

No dia 31, quase final de junho, o Jornal da Paraíba revelou que a reunião aconteceria no mês de agosto.

Como era de se esperar, agosto passou e nenhuma notícia referente a reunião foi divulgada na mídia.

Já em setembro, dia 19, a Folha de São Paulo publicou a relação das áreas onde a Great Wall, empresa que até então era a mais cogitada para se instalar na Paraíba utilizando a bandeira da CAOA, poderia se instalar; e para "surpresa" de todos, a Paraíba não estava inclusa.  Ribeirão Preto, Guarulhos, São Bernardo do Campo (todos na Grande São Paulo) e Joinville (SC) estavam disputando o gosto dos diretores da empresa chinesa.

O sonho paraibano de contar com uma fábrica só sua estava cada vez mais inalcançável.

Hoje (25 de setembro), o sonho terminou. O Blog do Jornalista Carlos Magno obteve informações de que o Grupo CAOA não iria mais instalar uma montadora de automóveis nos solos paraibanos. A informação partiu de fontes seguras, diretamente ligadas a Carlos Alberto de Oliveira Andrade.

De acordo com o Blog, o empresário disse ter ficado de mãos atadas em relação à instalação da montadora em solo paraibano, quando questionado pelo sócio sobre o tratamento que o grupo vem recebendo na Paraíba. “Como é que o grupo CAOA pode implantar uma montadora em solo paraibano se nem aqui nós podemos vender nossos carros”, disse Carlos Alberto.

O empresário se referiu a decisões judiciais que provocaram o fechamento de duas lojas do grupo na grande João Pessoa, sendo uma na Avenida Epitácio Pessoa, na capital e outra na cidade de Cabedelo. “Por mais que eu advogasse que o investimento deveria ser feito no meu estado, meu sócio foi contra e eu não posso discordar dele”, disse o empresário Carlos Alberto.

A fonte informou ao Blog que Carlos Alberto estava muito chateado com o ocorrido e que a decisão de não mais instalar a fábrica em solo paraibano, optando por levar o investimento para o vizinho estado de Pernambuco, é definitiva.

Para os que acham que a vinda de uma montadora de automóveis para a Paraíba não representaria muito, ele citou o exemplo da cidade de Anápolis-GO. “Antes de instalarmos uma montadora do grupo, Anápolis tinha cerca de 300 mil habitantes. hoje tem mais de 500 mil e a fábrica é a principal fonte de renda da cidade e da região”, afirmou ele.

Carlos Alberto disse que já mandou comunicar a decisão ao governador Ricardo Coutinho.

Fontes: Blog Carlos Magno / Jornal da Paraíba