Em reunião realizada em Brasília (DF) na tarde de ontem (17), representantes do governo, da Anfavea e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC decidiram manter a obrigatoriedade de ABS e airbag a partir de 2014, como previa a lei estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em 2009. A única exceção fica para a Volkswagen Kombi, que foi defendida pelos metalúrgicos (para que a VW mantenha os empregos na linha de montagem dela) e terá seu futuro divulgado apenas no dia 23 de dezembro.
Segundo Guido Mantega, ministro da Fazenda, não houve resistência das montadoras em criar um perdão para a Kombi pelo fato do produto não ter concorrência direta. "Não é caminhonete, não é automóvel. Não é veículo. É um produto diferente, sem similar", explicou o ministro. Caso a sobrevida da Kombi seja confirmada, a edição limitada Last Edition, que foi criada para marcar a despedida da velha senhora, deixará de ser a última edição, tornando-se apenas uma versão especial (bastante contraditória). O assunto deve ser definido em reunião na segunda-feira.
Mantega também revelou que a Fiat solicitou que o Mille também pudesse ser isento da obrigatoriedade, mas o pedido foi negado pelo fato de o modelo ter concorrentes que podem receber os equipamentos de segurança.